O segundo câncer mais comum entre as mulheres de todo o mundo – atrás somente do câncer de pele – ganhou um mês inteiro para sua conscientização. O Outubro Rosa é o movimento que traz à tona a necessidade de falar sobre o tema e alertar para a importância da prevenção do câncer de mama.
Segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), a doença responde por cerca de 28% dos casos novos de câncer a cada ano. Somente em 2018, de acordo com o instituto, há uma estimativa de 59.700 novos casos de câncer de mama. Em 2013, 14.206 mulheres morreram em decorrência da doença no país.
Fatores de risco do câncer de mama
Não há causas únicas para o câncer de mama. Raramente a doença aparece antes dos 35 anos, entretanto, ela é mais comum após os 50, quando é recomendada a realização de exames como a mamografia a cada dois anos – em mulheres que não têm histórico familiar da doença.
Além da idade, há fatores que estão relacionados à história reprodutiva da mulher: menstruação precoce (antes dos 12 anos); menopausa tardia (após os 55 anos); gravidez após os 30 anos; não ter tido filhos; e uso de contraceptivos de via oral por períodos prolongados são fatores que podem aumentar o risco do desenvolvimento da doença.
Fatores comportamentais como a ingestão de bebidas alcoólicas, sobrepeso e obesidade após a menopausa também são pesquisados pelo Inca como fatores que contribuem para o aparecimento da doença.
Mulheres que tem na família histórico de câncer de mama, sobretudo em idade mais jovem, ou de câncer de ovário, devem realizar o controle mais detalhado como prevenção.
Como identificar o câncer de mama?
Na maior parte dos casos é possível descobrir a doença ainda nas fases iniciais. O Inca classifica os sintomas mais comuns como:
– Caroço fixo e geralmente indolor no seio é a principal manifestação da doença e pode ser percebido pela própria mulher
-Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja
– Alterações no bico do seio
– Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço.
– Saída de líquido anormal das mamas
Todos os sinais devem ser investigados, porém, nem sempre esses sintomas estão relacionados ao câncer de mama.
Como detectar a doença ainda no começo?
As mulheres devem ficar atentas a qualquer sintoma e alteração nas mamas. A orientação do Inca é que seja feita a observação e o autoexame sempre que se sentir confortável. E para isso não é necessário escolher um determinado período do mês.
Outra forma de diagnosticar a doença é por meio da mamografia. É recomendado que mulheres dos 50 aos 69 anos façam o exame a cada dois anos. A mamografia permite encontrar o câncer ainda no começo, o que garante um tratamento mais leve e com menos riscos de morte.
E, como forma de prevenção, é fundamental que as mulheres tenham uma alimentação equilibrada, pratiquem atividades físicas e tenham uma vida saudável. Esses fatores combinados podem reduzir em até 28% as chances de desenvolver o câncer de mama.
