Atualizado em Novembro/2020
O câncer de próstata é a segunda doença mais letal para os homens no Brasil, alcançando 28,6% das mortes. Tem evolução silenciosa, cujos sintomas não costumam ser percebidos facilmente pelo paciente, atrasando o diagnóstico e prejudicando o tratamento. Por essa razão, a realização periódica do exame de próstata é tão importante para homens com mais de 50 anos (ou antes, caso haja histórico familiar desse tipo de câncer).
O movimento Novembro Azul surgiu da necessidade de romper tabus falando abertamente sobre o câncer de próstata, a fim de conscientizar a população sobre a necessidade de se realizar o exame de toque retal anualmente. Durante todo o mês, entidades da área da saúde de diversas cidades do País organizam atividades com o intuito orientar os homens com palestras e distribuição de material informativo sobre a prevenção, sintomas, o diagnóstico e o tratamento desse câncer.
PRÓSTATA: QUAL A IMPORTÂNCIA DESSE ÓRGÃO E COMO O CÂNCER O ATINGE
A próstata é uma glândula presente somente nos homens, do tamanho de uma noz, que se localiza entre a bexiga e a pélvis e tem como função produzir um líquido – cuja função é nutrir e proteger os espermatozoides – que forma o esperma. Pela sua localização, é possível sentir a próstata e qualquer anomalia que possa haver através do exame de toque retal, realizado por um médico proctologista.
O câncer de próstata é, resumidamente, o crescimento desorganizado das células da próstata, que podem formar um tumor maligno. É o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens (o primeiro é o câncer de pele não melanoma). O crescimento do câncer de próstata costuma ser lento, por isso, a resposta aos tratamentos é satisfatória e as chances de cura são grandes quando diagnosticado na fase inicial.
Para o Brasil, o INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva) aponta que ocorrerão 625 mil casos novos de câncer para cada ano do triênio 2020-2022. E o câncer de próstata está entre os mais incidentes (aproximadamente 66 mil novos casos). Ainda de acordo com o Instituto, a maioria dos pacientes não apresentam sintomas. E quando há, estes podem ser confundidos com o crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar muitas vezes durante o dia ou à noite, sensação de micção incompleta).
Outros sintomas do câncer de próstata
– Vontade frequente de urinar;
– Sensação de não esvaziamento da bexiga;
– Impotência sexual;
– Dormência nas pernas e/ou nos pés;
– Dor na região pélvica ou lombar;
– Incontinência urinária e/ou fecal.
A OBESIDADE É UM FATOR DE RISCO PAR AO CÂNCER DE PRÓSTATA
São muitos os estudos que relacionam a obesidade ao câncer de próstata. Além disso, em homens obesos ou com sobrepeso, a gordura cria um ambiente favorável ao crescimento das células cancerígenas e faz com que os tumores sejam ainda mais agressivos.
Outros fatores de risco
– Idade: Todos os homens acima de 50 anos devem consultar com um urologista anualmente. Em casos câncer de próstata na família, a idade de risco baixa para 45 anos.
– Histórico familiar: Caso de câncer de próstata em parentes como pai, avôs, tios ou irmãos aumenta o risco.
PREVENÇÃO
Controlar o sobrepeso e a obesidade com a adoção de hábitos saudáveis – como dieta rica em vegetais frescos e carnes magras e pobre em alimentos processados e gorduras saturadas e a prática regular de exercícios físicos – é uma maneira de prevenir o câncer de próstata. Quando essas medidas não funcionam, medicamentos podem ser prescritos pelo médico. O balão intragástrico é indicado para pacientes com IMC acima de 27 e apresenta resultados consistentes quando associado à reeducação alimentar e a exercícios.
TRATAMENTOS CONTRA O CÂNCER DE PRÓSTATA
O diagnóstico precoce é muito importante para o sucesso do tratamento, que depende do estágio em que a doença se encontra e podem ser associados ou aplicados separadamente. Normalmente, o tratamento é feito por uma equipe formada por urologista, oncologista, radioterapeuta e cirurgião, e pode envolver: conduta expectante; cirurgia; radioterapia; criocirurgia; hormonioterapia; quimioterapia; e terapia-alvo.
ATENÇÃO
As informações deste post não substituem uma consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança.