De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, realizada em parceria entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério da Saúde, em menos de 20 anos, o percentual de brasileiros em idade adulta mais que dobrou, chegando a 26,8%, em 2019. Nas duas últimas décadas, o número de pessoas com excesso de peso no país passou de 43,3% para 61,7%. Isso significa que praticamente 2/3 da população adulta do Brasil está acima do peso.
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou acima de 25kg/m² podem ser consideradas com excesso de peso, enquanto quem tem IMC igual ou acima de 30 kg/m² pode ser considerado obeso.
A obesidade é considerada, pela OMS, uma doença. No entanto, o maior problema da obesidade é o fato de estar associada a outras doenças com alto índice de mortalidade, como doenças coronarianas, hipertensão, cânceres e diabetes. Além de problemas articulares, apneia do sono e depressão.
BALÃO INTRAGÁSTRICO E EMAGRECIMENTO
O risco de desenvolver comorbidades e o fator estético são os principais motivos que levam as pessoas a buscarem meios para emagrecer. Entre reeducação alimentar, dietas e tratamentos medicamentosos até cirurgia de redução do estômago, são muitas as possibilidades. O problema é que, mesmo com tantas opções, a maioria das pessoas não consegue ter uma perda de peso eficiente e duradoura somente com hábitos mais saudáveis e uso de remédios, e acabam sofrendo o efeito sanfona.
Para essas pessoas, o balão intragástrico surge como uma alternativa segura e eficiente. O dispositivo é um excelente auxiliar no processo de emagrecimento, que funciona preenchendo o estômago e lentificando a digestão, facilitando a dieta restritiva e a perda de peso.
O método é minimamente invasivo. O balão é colocado por endoscopia, sob sedação. Na sequência, ele é preenchido com uma solução salina inerte até atingir o volume desejado – que varia de acordo com as necessidades de cada paciente. O tratamento pode durar de seis a 12 meses, dependendo do caso, e deve ser feito em parceria com nutricionista, educador físico e psicólogo. A retirada também é feita por endoscopia.
A perda média de peso com o uso de balão intragástrico é de 18 a 20%.
AFINAL, OS CONVÊNIOS MÉDICOS PAGAM A COLOCAÇÃO DE BALÃO GÁSTRICO?
Devido aos benefícios da perda de peso com balão intragástrico, a procura por esse método vem aumentando a cada ano e muitas pessoas desejam pagar a colocação do balão por meio de convênio médico.
Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a colocação, o tratamento e a retirada do balão gástrico não fazem parte do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, isto é, da lista de serviços obrigatoriamente pagos pelos convênios. No entanto, em algumas operadoras, há a possibilidade de solicitar a cobertura desse serviço, pois a obesidade pode representar um risco à saúde e até à vida do paciente.
É importante conhecer as políticas do seu convênio para embasar o pedido com argumentos coerentes. O ideal é que as orientações sejam passadas pelo seu médico durante a consulta.