Uma dúvida comum a muitos pacientes que colocaram ou pretendem colocar o balão intragástrico é: Posso consumir bebidas com álcool durante o tratamento?
Embora não seja proibido ingerir bebidas alcoólicas, é importante saber que o álcool é uma substância irritante da mucosa gástrica, e seu consumo aumenta o risco de gastrite.
Além disso, o balão intragástrico interfere na ingestão de sólidos – dando a sensação de saciedade com menor quantidade de alimentos –, mas não afeta a ingestão de líquidos. Ou seja: você poderá beber uma grande quantidade de álcool, dilatando o estômago, sem sentir que está saciado.
Neste vídeo, Dr. Eduardo Usuy fala sobre os problemas de se ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento com balão intragástrico.
COMO O ÁLCOOL PREJUDICA O EMAGRECIMENTO
As bebidas alcoólicas são um inimigo de qualquer dieta ou da tentativa de se ter hábitos mais saudáveis, principalmente porque – além de serem altamente calóricas: um grama de álcool tem cerca de sete calorias –, é comum que as pessoas deixem de se alimentar para conseguirem beber um pouco mais.
Se você faz parte do time que não consegue dispensar uma dose de bebida alcoólica, converse com seu médico ou nutricionista para que, juntos, encontrem um equilíbrio. Em alguns casos, a sugestão é que se busque também acompanhamento psicológico.
COMO AGE O BALÃO INTRAGÁSTRICO
O balão intragástrico é uma esfera de silicone preenchida com uma solução salina que ocupa parte da cavidade gástrica e age, basicamente, de duas maneiras: diminuindo o “espaço do estômago”, ingere-se menor quantidade de alimentos; alterando a produção dos hormônios grelina e leptina, fazendo com que o paciente se sinta saciado por mais rapidamente e por mais tempo. Por isso, é um eficiente aliado no processo de emagrecimento.
O balão é indicado para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 27, e tanto sua colocação quanto sua retirada se dão por endoscopia. O processo é feito em menos de uma hora, com o paciente sedado, e a alta é no mesmo dia. O tratamento tem duração de seis meses ou um ano, dependendo da indicação médica.